SINOPSE: O percurso que se faz ao longo da arte Moderna no sentido da desmaterialização e/ou dessacralização do objeto artístico passa por diferentes processos e abordagens, consoante os movimentos artísticos e as motivações políticas e económicas de cada momento da história da arte. Da apropriação do objeto banal à abordagem da obra enquanto conceito e não matéria leva a que muitos espectadores caiam na tentação das afirmações “porque é que isto é arte?” ou “isto também eu fazia!”. Numa leitura historicista, mas sobretudo provocadora, iremos estabelecer uma linha temporal de inquietações e fruições artísticas desde o início do século XX até à nossa contemporaneidade, na tentativa de, juntos, quebrarmos preconceitos e estabelecermos relações entre o ato criativo e os modelos sociais que nos levam à (não) aceitação da obra de arte contemporânea. O workshop é realizado com 2h30 dedicadas a conteúdos teóricos e 1h30 dedicadas a um exercício realizado com os participantes e respetiva discussão.
CONTEÚDOS
1. A discussão de ‘O que é Arte’ no séc. XX e XXI
2. Do objeto banal ao objeto artístico
3. A rejeição do belo absoluto e a conceção de um belo subjetivo
4. Artista versus Artesão
5. Recurso a materiais industriais e tecnológicos na Arte Moderna
6. Os pulsares sociais e políticos como motivação de vanguarda
7. A Obra aberta – espectador participativo
8. Do objeto artístico palpável ao objeto conceptual
MATERIAIS PARA O EXERCÍCIO PRÁTICO:
– 1 folha A4
– 1 lápis de cor (cor à escolha)
– 1 garrafa de água vazia
– 1 tubo de cola líquida
Fabrícia Valente
Doutoranda em Arquitetura dos Territórios Metropolitanos Contemporâneos no ISCTE. Licenciada em Arquitetura pela Universidade de Évora. Interessa-se pela multidisciplinaridade da Arquitetura e as possibilidades de interface das suas fronteiras disciplinares, nomeadamente com as Artes Plásticas, a Música e o Cinema. Foi Curadora na área da Música Pop e Programadora do Pavilhão KAIROS. Desenvolveu o projeto O Gesto como Tradução no ciclo de Arquitetura e Teatro no Festival de Teatro de Almada e encontra-se a desenvolver um projeto artístico sobre a resposta sexual feminina, para um novo museu, em Lisboa. Trabalha em Mediação Cultural nas áreas da Arquitetura e das Artes Plásticas no MAAT – Museu de Arte Arquitectura e Tecnologia, no Museu Coleção Berardo, no CCB, na State of the Art e já colaborou com a Trienal de Arquitetura de Lisboa. Desenvolveu projetos pedagógicos e artísticos em mais de 170 exposições e projetos de continuidade entre instituições museológicas e instituições de ensino. Leciona na licenciatura de Media Production, numa parceria entre a ETIC, PT e a Solent University, UK. É editora da secção de Arquitetura da Umbigo Magazine e pertenceu à ultima redação do J_A (Jornal de Arquitetos).
Notas:
Cada participante é responsável pelas suas condições tecnológicas de acesso à formação, podendo a organização ajudar naquilo que estiver ao seu alcance. A sua inscrição é individual e apenas será válida após efetuado o pagamento. Caso não se atinja o número mínimo de inscrições, a formação será cancelada e o valor pago será devolvido. O prazo de desistência da inscrição, por parte dos participantes, com devolução total do valor pago, é de 20 dias antes da data da formação. Entre 19 e 15 dias antes da formação será devolvido 40% do valor da inscrição. No prazo inferior a 15 dias antes do dia de início não será efectuado o reembolso de qualquer valor da inscrição.
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